Perguntas Frequentes
O Psicopedagogo é o profissional especializado em aprendizagem humana e capacitado para decifrar como as pessoas constroem o conhecimento, detectar que tipo de barreira existe nesse processo, bem como identificar o melhor método de aprendizagem para o seu perfil. Essas barreiras são multifatoriais, decorrentes de aspectos emocionais, pedagógicos, ambientais e biológicos. A atuação, na área clínica, se dá de forma preventiva e terapêutica.
São inúmeros. Aprender não é algo simples. Muito pelo contrário, requer uma série de habilidades que precisam estar amadurecidas, desenvolvidas e trabalhando em conjunto para que ocorra de forma adequada. A tríade neurofuncional da aprendizagem é composta por fatores cognitivos (pensamento, linguagem, percepção, memória e raciocínio), executivos (planejamento, organização, priorização, atenção e execução) e conativos (emocionais). Qualquer alteração em uma dessas áreas irá afetar a maneira como a pessoa adquire conhecimentos.
De diversas maneiras. A principal delas é investigando a CAUSA dos problemas de aprendizagem. O foco do trabalho investigativo está na RAIZ e não no sintoma. A partir do momento que se compreende qual o motivo que leva o estudante a apresentar dificuldades para acompanhar a turma, é possível criar estratégias direcionadas e eficazes para ajudá-lo nesse processo. Quanto mais cedo é feito esse trabalho, melhores e mais rápido serão os resultados.
Embora cada pessoa trilhe seu caminho individual com seu ritmo próprio de amadurecimento, deve-se ficar alerta aos marcos de desenvolvimento infantil e escolar, para detectar se esse problema é decorrente de uma dificuldade ou um transtorno de aprendizagem ou de neurodesenvolvimento que afeta diretamente a aprendizagem.
Esteja atenta aos seguintes sinais:
– rendimento acadêmico abaixo do esperado para a idade e escolaridade, resultando em acúmulo de recuperações;
– aversão aos estudos, recusando-se a cumprir com as atividades, mentindo ou arrumando desculpas para justificar seu comportamento;
– pouca autonomia em tarefas e lições de casa, só faz com ajuda;
– performance em provas e avaliações desproporcional ao esforço desprendido durante o período de preparação;
– frustração, desmotivação, desinteresse e sensação de incapacidade diante dos desafios escolares.
– atraso no desenvolvimento da linguagem, falta de interesse em ouvir histórias, aquisição lenta de vocabulário, problemas de articulação de fala, inversão de letras, silabas ou palavras; adição e emissão de sons;
– baixa concentração, atenção e memória; excesso de movimento corporal, hiperatividade;
– falta de planejamento, organização, e definição de prioridades, que gera esquecimento e/ ou atraso na entrega de trabalhos escolares;
– dificuldade de adaptação e de seguir rotinas;
– dificuldade de raciocínio lógico para solucionar problemas, refletir e tomar boas decisões.
As dificuldades de aprendizagem são decorrentes de fatores externos – emocionais, culturais e escolares; por isso, passageiras. Elas acontecem quando a criança não se adapta à metodologia de ensino da escola, ou quando enfrenta desafios emocionais que impactam diretamente no desempenho acadêmico como mudança de cidade e de escola; separação dos pais ou morte de familiares, entre outros. Neste caso, com intervenção escolar direcionada, individual ou em pequenos grupos, elas tendem a superá-las.
Por outro lado, os transtornos de aprendizagem são decorrentes de fatores internos, de origem cognitiva, por isso, persistentes. Há uma alteração em alguma habilidade que está alterada e que impede o indivíduo de aprender como o esperado.
As dificuldades de aprendizagem são transitórias. Os transtornos de aprendizagem são permanentes. Diferenciá-los é fundamental para direcionar estratégias de intervenção adequadas.
Porque as crianças têm uma capacidade imensa de aprender novos conhecimentos graças ao que chamamos de neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade neural ou maleabilidade cerebral – uma habilidade do cérebro de se reorganizar para aprender algo novo. Quanto mais cedo, maior a neuroplasticidade, portanto, maiores as chances de desenvolvimento. A falta de diagnóstico ainda na primeira infância afasta a criança de estímulos essenciais para aprender e se desenvolver. A intervenção precoce influencia diretamente no futuro da criança, dando oportunidades para que ela desenvolva a independência, a autonomia, a funcionalidade e, consequentemente, a qualidade de vida!